TESTEMUNHOS CRISTÃOS

FUTEBOL, DROGAS E VIOLÊNCIA - TESTEMUNHO DE UM EX-HOOLIGAN

Alô, meu nome é Jean e eu era um hooligan. A realização em minha vida era estragar aquilo que outros haviam construído.

TESTEMUNHO CRISTÃO

Todos sabemos do enorme impacto evangelístico que representam os testemunhos cristãos.

sábado, 30 de março de 2024

Testemunho de Bernard Nathanson: Quando a “Mão de Deus” alcançou o “Rei do aborto”

 


O que pode levar um poderoso e reconhecido médico abortista a converter-se em um forte defensor da vida e abraçar os ensinamentos de Jesus Cristo?

Pode ser que tenha sido o peso de sua consciência pela morte de 60 mil nascituros ou talvez as muitas orações de todos aqueles que rogaram incessantemente por sua conversão?

Segundo Bernard Nathanson, o famoso “rei do aborto”, sua conversão ao catolicismo resultaria inconcebível sem as orações que muitas pessoas elevaram a Deus pedindo por ele. “Estou totalmente convencido de que as suas preces foram escutadas por Ele”, indicou emocionado Nathanson no dia em que o Arcebispo de Nova York, o falecido Cardeal O’Connor, o batizou.

Filho de um prestigioso médico especializado em ginecologia, o Dr. Joey Nathanson, a quem o ambiente cético e liberal da universidade o fez abdicar da sua fé, Nathanson cresceu em um lar sem fé e sem amor, onde imperava muita malícia, conflitos e ódio.

Profissional e pessoalmente Bernard Nathanson seguiu durante uma boa parte de sua vida os passos do seu pai. Estudou medicina na Universidade de McGill (Montreal), e em 1945 começou a namorar Ruth, uma jovem e bela judia com quem realizou planos de matrimônio. Porém a jovem ficou grávida e quando Bernard escreveu para o seu pai consultando-lhe sobre a possibilidade de contrair matrimônio, este lhe enviou cinco notas de 100 dólares junto com a recomendação de que escolhesse entre abortar ou ir aos Estados Unidos para casar-se, pondo em risco sua brilhante carreira como médico que o aguardava.
Bernard priorizou sua carreira e convenceu a Ruth que abortasse. Ele não a acompanhou à intervenção abortiva e Ruth voltou à sua casa sozinha, em um táxi, com uma forte hemorragia, a ponto de quase perder a vida. Ao recuperar-se – quase milagrosamente – ambos terminaram sua relação. “Este foi o primeiro dos meus 75.000 encontros com o aborto, me serviu de excursão inicial ao satânico mundo do aborto”, confessou o Dr. Nathanson.

Após graduar-se, Bernard iniciou sua residência em um hospital judeu.

Depois passou ao Hospital de Mulheres de Nova York onde sofreu pessoalmente a violência do antissemitismo, e entrou em contato com o mundo do aborto clandestino. Nesta época já havia se casado com uma jovem judia, tão superficial quanto ele, como confessaria, com a qual permaneceu unido cerca de quatro anos e meio. Nestas circunstâncias Nathanson conheceu Larry Lader, um médico a quem só lhe obsessionava a ideia de conseguir que a lei permitisse o aborto livre e barato. Para isso fundou, em 1969, a “Liga de Ação Nacional pelo Direito ao Aborto”, uma associação que tentava culpar a Igreja por cada morte ocorrida nos abortos clandestinos.

Mas foi em 1971 quando Nathanson se envolveu diretamente com a prática de abortos. As primeiras clínicas abortistas de Nova York começavam a explorar o negócio da morte programada, e em muitos casos seu pessoal carecia da licença do Estado ou de garantias mínimas de segurança. Como foi o caso da que dirigia o Dr. Harvey. As autoridades estavam a ponto de fechar esta clínica quando alguém sugeriu que Nathanson poderia encarregar-se da sua direção e funcionamento. Ocorria o paradoxo incrível de que, enquanto esteve diante daquela clínica, naquele lugar havia um setor de obstetrícia: isto é, se atendiam partos normais ao mesmo tempo que se praticava abortos.

Por outro lado, Nathanson realizava uma intensa atividade, dando conferências, celebrando encontros com políticos e governantes, pressionando-lhes para que fosse ampliada a lei do aborto.
“Estava muito ocupado. Quase não via a minha família. Tinha um filho de poucos anos e uma mulher, mas quase nunca estava em casa. Lamento amargamente estes anos, por mais que seja só por ter fracassado em ver meu filho crescer. Também era um segregado na profissão médica. Era conhecido como o rei do aborto”, afirmou.

Durante este período, Nathandon realizou mais de 60.000 abortos, mas no fim do ano de 1972, esgotado, demitiu-se do seu cargo na clínica.

“Abortei os filhos não nascidos dos meus amigos, colegas, conhecidos e inclusive professores. Cheguei ainda a abortar meu próprio filho”, chorou amargamente o médico, que explicou que por volta da metade da década de 60 engravidou a uma mulher que gostava muito dele. “... Ela queria seguir adiante com a gravidez mas ele se negou. Já que eu era um dos especialistas no tema, eu mesmo realizaria o aborto, expliquei. E assim procedi.”, precisou.

Entretanto a partir deste acontecimento as coisas começaram a mudar. Deixou a clínica abortista e possou a ser chefe de obstetrícia do Hospital St. Luke’s. A nova tecnologia, o ultrassom, começava a aparecer no ambiente médico. No dia em que Nathanson pôde observar o coração do feto nos monitores eletrônicos, começou a perguntar-se “o que estamos fazendo verdadeiramente na clínica”.

Decidiu reconhecer o seu erro. Na revista médica The New England Journal of Medicine, escreveu um artigo sobre sua experiência com as ultrassonografias, reconhecendo que no feto existia vida humana. Incluía declarações como a seguinte: “o aborto deve ser visto como a interrupção de um processo que de outro modo teria produzido um cidadão no mundo. Negar esta realidade é o tipo mais grosseiro de evasão moral”.

Aquele artigo provocou uma forte reação. Nathanson e sua família receberam inclusive ameaças de morte, porém a evidência de que não podia continuar praticando abortos se impôs. Tinha chegado à conclusão que não havia nenhuma razão para abortar: o aborto é um crime.

Pouco tempo depois, uma nova experiência com as ultrassonografias serviu de material para um documentário que encheu de admiração e horror ao mundo. Era titulado “O grito silencioso”, e sucedeu em 1984 quando Nathanson pediu a um amigo seu – que praticava entre 15 a 20 abortos por dia – que colocasse um aparelho de ultrassom sobre a mãe, gravando a intervenção.

“Assim o fez – explica Nathanson – e, quando viu a gravação comigo, ficou tão afetado que nunca mais voltou a realizar um aborto. As gravações eram assombrosas, por mais que não eram de boa qualidade. Selecionei a melhor e comecei a projetá-la nos meus encontros pró-vida por todo o país”.

 

Retorno do filho pródigo

Nathanson tinha abandonado sua antiga profissão de “carniceiro humano”, mas ainda estava pendente o seu caminho de volta a Deus. Uma primeira ajuda veio de seu admirado professor universitário, o psiquiatra Karl Stern.

“Transmitia uma serenidade e uma segurança indefiníveis. Nessa época não sabia que em 1943, após longos anos de meditação, leitura e estudo, tinha se convertido ao cristianismo. Stern possuía um segredo que eu tinha buscado toda a minha vida: o segredo da paz de Cristo”.

O movimento pró-vida lhe havia proporcionado o primeiro testemunho vivo da fé e do amor de Deus. Em 1989 esteve em uma ação de Operação Resgate nos arredores de uma clínica. O ambiente dos que lá se manifestavam pacificamente a favor da vida dos nascituros lhe havia comovido: estavam serenos, contentes, cantavam, rezavam… Os mesmos meios de comunicação que cobriam o evento e os policiais que vigilavam, estavam assombrados pela atitude destas pessoas. Nathanson ficou cativado “e, pela primeira vez em toda minha vida de adulto comecei a considerar seriamente a noção de Deus, um Deus que tinha permitido que eu andasse por todos os proverbiais circuitos do inferno, para ensinar-me o caminho da redenção e da misericórdia através da sua graça”.

“Durante dez anos passei por um período de transição. Senti que o peso dos meus abortos se fazia mais grave e persistente pois me despertava cada dia às 4 ou 5 da manhã, olhando a escuridão e esperando (mas sem rezar ainda) que se iluminasse um letreiro declarando-me inocente ante um júri invisível”, indica Nathanson.

Logo, o médico acaba lendo “As Confissões”, de Santo Agostinho, livro que qualificou como “alimento de primeira necessidade”, convertendo-se em seu livro mais lido já que Santo Agostinho “falava do modo mais completo de meu tormento existencial; porém eu não tinha uma Santa Mônica que me ensinasse o caminho e estava acusado por uma negra desesperança que não diminuía”.

Nesta situação não faltou a tentação do suicídio, mas, afortunadamente, decidiu buscar uma solução diferente. Os remédios tentados falhavam: álcool, tranquilizantes, livros de autoestima, conselheiros, até chegar a psicanálise, onde permaneceu por 4 anos.

O espírito que animava aquela manifestação pró-vida endereçou a sua busca. Começou a conversar periodicamente com Padre John McCloskey; não lhe resultava fácil crer, mas pelo contrário, permanecer no agnosticismo, levava ao abismo. Progressivamente se descobria a si mesmo acompanhado de alguém que se importava por cada um dos segundos da sua existência. “Já não estou sozinho. Meu destino foi dar voltas pelo mundo à busca deste Alguém sem o qual estou condenado, porém a que agora me agarro desesperadamente, tentando não me soltar da orla do seu manto”.

Finalmente, no dia 9 de dezembro de 1996, às 7:30 de uma segunda feira, solenidade da Imaculada Conceição, na cripta da Catedral de São Patrício de Nova York, o Dr. Nathanson se convertia em filho de Deus. Entrava a formar parte do Corpo Místico de Cristo, sua Igreja. O Cardeal O ‘Connor lhe administrou os sacramentos do Batismo, Confirmação e Eucaristia.

Um testemunho expressa assim este momento: “Esta semana experimentei com uma evidência poderosa e fresca que o Salvador que nasceu há 2.000 anos em um estábulo continua transformando o mundo. Na segunda-feira passada fui convidado a um Batismo. (...) Observei como Nathanson caminhava até o altar. Que momento! Tal qual no primeiro século… um judeu convertido caminhando nas catacumbas para encontrar a Cristo. E sua madrinha era Joan Andrews. As ironias abundam. Joan é uma das mais destacadas e conhecidas defensoras do movimento pró-vida... A cena me queimava por dentro, porque justo em cima do Cardeal O ‘Connor havia uma Cruz… Olhei para a Cruz e me percatei de que o que o Evangelho ensina é a verdade: a vitória está em Cristo”.

As palavras de Bernard Nathanson no fim da cerimônia, foram curtas e diretas. “Não posso dizer como estou agradecido nem a dívida tão impagável que tenho com todos aqueles que rezaram por mim durante todos os anos nos quais me proclamava publicamente ateu. Rezaram teimosa e amorosamente por mim. Estou totalmente convencido de que suas orações foram escutadas. Conseguiram lágrimas para meus olhos”.


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sábado, 9 de dezembro de 2023

Vivendo e servindo: Cinco testemunhos impactantes de Carmen Sílvia Musa Lício

 


Obra de Deus

 

Carmen Sílvia Musa Lício

 carmen.a.musa@gmail.com


Lá pelo ano de 2020, um senhor que morava em uma casa bem em frente à minha, começou a me procurar, perguntando se eu poderia esquentar a sua marmita no meu micro-ondas.

Ele tinha uns 45 anos e estava fazendo parte de um grupo que fazia reformas e pinturas no conjunto residencial onde estava. Ele morava lá por ser o seu local de trabalho e veio de Ribeirão Preto, SP.

Depois de um tempo trazia só arroz e feijão para esquentar. Eu fiquei com pena e colocava carne e, depois de esquentar, colocava salada. 

Aos poucos fui conhecendo a sua história. Seu nome era Moisés. Era caminhoneiro e, como havia se tornado alcoolista, foi demitido. Esta foi a única oportunidade que encontrou para poder se sustentar; abandonou a sua família e veio morar em São Paulo.

Após algumas semanas pude perceber que estava novamente tomando muita bebida alcoólica, o que estava atrapalhando novamente a sua vida.  O senhor que o contratou só não o mandou embora por pena. Eu pedi para ele ter paciência...

Uma vez, estava sentado na pequena escada que ficava em frente à sua pequena casa, muito triste e choroso. Quando me viu, se levantou e veio conversar comigo, em frente ao portão da minha casa, e contou que não estava mais aguentando esta vida e que não sabia mais o que fazer para se livrar do álcool e sentir paz no seu coração. Eu procurei falar com calma, e disse que só Deus poderia ajudá-lo nesta situação; que ele só sentiria paz se tivesse Jesus no seu coração.  Expliquei como é a conversão a Jesus e ele me perguntou como poderia fazer isto. Eu disse que se ele quisesse aceitar a Jesus no seu coração poderia orar comigo, repetindo as minhas palavras. Ele disse que sim e eu comecei a orar. Lá pelas tantas, ele gritou bem alto, olhando para o Céu: – "Jesus, vem morar no meu coração! Eu o aceito como o meu Salvador".

Gritou tão alto que toda a vizinhança veio para fora para ver o que estava acontecendo. Confesso que fiquei até um tanto constrangida e envergonhada, mas é bem melhor ouvir isto do que ver uma briga...

Depois perguntei se ele queria uma Bíblia, o que ele agradeceu, e começou a ler todos os dias, por várias horas. Até o seu semblante mudou...

Após uns 3 meses veio me procurar e disse que havia voltado a usar álcool. Estava muito triste. Conversei com ele e perguntei se queria que eu visse uma clínica de reabilitação. Aceitou e tentei algumas evangélicas, mas estavam todas lotadas. Após algum tempo ele caiu da escada e teve uma torção na perna. Consegui um atendimento na UPA e a sua perna direita foi enfaixada. Tinha que usar bengala e eu acabei dando a bengala que eu tinha de lembrança do meu pai, já falecido há décadas.

Depois consegui um atendimento na PMSP, onde foi acolhido e levado a uma clínica de reabilitação.

Ficou lá por 2 meses e quando saiu conseguiu um emprego como caminhoneiro novamente.  Foi para Ribeirão Preto, onde a sua família morava, e veio se despedir de mim, agradecendo muito o que eu fiz por ele, dizendo que quando viesse a serviço para São Paulo viria me visitar.

Nunca mais o vi, mas quando me lembro dele peço a Deus que continue abençoando-o e fazendo a Sua obra na sua vida.

Mais um testemunho de como Deus pode nos usar para transformar vidas...

 

 

Vida Transformada

 

Em meados de 2002 eu estava no Posto de Saúde atendendo os usuários, como sempre. Nesta época eu era Auxiliar de Chefia e tentava, dentro do possível, resolver os casos mais difíceis que chegavam a mim.

Fui procurada por um senhor de aproximadamente 60 anos, com suspeita de câncer de língua. Estava muito difícil conseguir uma vaga em qualquer hospital de referência, pois as portas estavam fechadas; inclusive as vagas de 'câncer de boca' para o ano já estavam lotadas e estávamos ainda no mês de maio!

Demorei uns 20 dias, ligando para onde você possa imaginar. Enfim consegui uma 'alma caridosa' que passou por cima das regras, 'benditas' regras, e conseguiu a consulta mais rapidamente. Após a biópsia, o diagnóstico esperado.  Vinha então um novo desafio. Ele foi encaminhado para fazer radioterapia no ABC e não tinha dinheiro para a condução (2 passagens intermunicipais e 4 passagens municipais) e o tratamento durava 40 dias. Liguei para muitas pessoas para ver uma maneira de conseguir, e, finalmente, consegui que ele fizesse o tratamento...

Conversei muito com ele sobre a necessidade de não mais fumar nem beber, fazer o tratamento direitinho e que, humanamente, estávamos fazendo tudo o que era possível. Incentivei-o também a procurar alguma igreja, dessas que têm o dom de cura e que não lhe 'cobrasse dinheiro'. E assim foi; parou de fumar e de beber e fez uma campanha de oração em uma igreja evangélica.

Após a quimioterapia, sofreu uma cirurgia que retirou uma parte lateral posterior da língua. Estava muito magro e fraco, além de morar sozinho. Disse que a sua família não se importava com ele (talvez por ser alcoólatra). Não me ative muito à sua família, pois deu para perceber que os relacionamentos familiares estavam rompidos.

Ele conseguiu com a assistente social do hospital onde fez a cirurgia alimento completo, que vinha em 'caixas longa vida'. Mal conseguia alimentar-se, tendo sido necessário colocar uma sonda naso- gástrica por onde introduzia o líquido.

De vez em quando vinha nos procurar para lavar a sonda, que entupia devido ao líquido ser bem espesso. Nesta época confesso que pensei que não conseguiria superar esta fase, pois estava muito abatido, tanto física quanto emocionalmente. Isto me preocupou, pois era uma brecha para a doença evoluir.

Procurei melhorar o seu estado de ânimo e continuei a falar que 'para Deus não há impossíveis'. Fez um tratamento de fonoaudiologia e conseguiu reabilitar a sua fala! Ficamos muito felizes. A cada vitória, comemorávamos juntos.

Depois perdi o contato com ele. De vez em quando o encontrava na rua e conversávamos um pouco...

Após muito tempo um senhor veio me procurar perguntando se eu estava me lembrando dele. Olhei com atenção e vi que a sua fisionomia me era familiar (o engraçado é que eu sou boa 'fisionomista'). Quando ele começou a falar, percebi que era 'o próprio, ao vivo e a cores!' Estava completamente mudado. Mais gordo (não obeso), corado, alegre e falante. Foi um momento inesquecível!

Após 4 anos de 'capítulo após capítulo', eu o via renovado, tanto física quanto emocionalmente!

Contou que estava completamente curado, com alta médica e tudo o mais; que conseguiu, através daquela assistente social, uma aposentadoria de um salário mínimo que dava para os seus gastos pessoais. Então contou-me que, através de um amigo, pela Internet, reencontrou um irmão que tinha se 'perdido pela vida e pelo mundo' há mais de 20 anos; que já fora lá visitá-lo e estava morando com a família.

E tem mais, conseguiu um bilhete de passagem gratuita tanto para a sua locomoção dentro da cidade de São Paulo, como intermunicipal e, pasmem, interestadual. Começou a viajar para outros lugares, começando por Curitiba – para rever o irmão e conhecer os seus sobrinhos...

Tirou muitas fotos, que mostrou para mim, com um misto de satisfação e orgulho. Emprestou-me até um DVD onde está registrado a sua viagem de trem para Paranaguá, com a família do seu irmão.

Depois 'pegou o vício' e começou a viajar por aí, indo para Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória... Como não tem dinheiro para pagar algum lugar para pernoitar, viaja à noite, enquanto dorme; passa o dia conhecendo o local e volta à noite para São Paulo. Foi assim que acabou conhecendo o Rio de Janeiro, pois não tinha passagem gratuita na noite seguinte para regressar de Belo Horizonte à 'terra da garoa'. Acabou conseguindo uma passagem para o Rio de Janeiro, e embarcou!

Sempre que volta das suas viagens vem ao posto trazer as fotos para eu 'conhecer o local'. Como a máquina fotográfica é emprestada do irmão, dei uma câmera fotográfica que eu tinha guardada no 'fundo do baú'. Ele demonstrou muita alegria e disse que estava para ir à Blumenau e que me traria umas fotos tiradas com a sua nova máquina.  Pedi então para tirar uma foto dele lá.  Ele tirou e me trouxe... Tenho até hoje de lembrança!

Não é uma vitória??? Aliás, muitas, muitas vitórias!

 

 

Aborto Provocado

 

Estava de plantão no PS de um hospital, na zona sul de São Paulo, quando chegou uma moça passando mal. Perguntei o que aconteceu e a sua acompanhante me contou que ela havia tomado um remédio para provocar o aborto do feto que estava no seu ventre, de aproximadamente 2,5 meses de gestação.

Ela mal conseguia falar. Chamei o médico e contei o que aconteceu.

Como ela estava com muitas contrações, ele pediu para a levarmos para a Sala de Parto. Lá, após algumas contrações fortes, saiu o feto, ainda dentro da bolsa amniótica inteira, com o líquido amniótico.

Eu o peguei com a luva, enquanto o médico cuidava da paciente.

O feto não parava de se mexer, desesperado. Isto me chamou a atenção, pois parecia estar passando muito mal e se debatia sem parar, apavorado. Eu fiquei sem saber o que fazer, pois não havia o que pudesse fazer para salvar a sua vida, de aproximadamente 10 semanas.

Logo depois o médico veio observar e viu também o seu sofrimento...

Eu, para consolar o feto, envolvi as minhas duas mãos em volta dele, tentando aquecê-lo e fazê-lo sentir-se mais seguro. Ele se acomodou nas minhas mãos e morreu depois de poucos minutos...

Eu e o médico nos olhamos, e lágrimas escorriam dos nossos olhos.

Nunca havia passado por uma situação destas e vi como os fetos, mesmo com menos de 3 meses de gestação, sofrem muito quando são abortados.

Nunca mais me esqueci desta história.

Agora querem que o aborto seja legalizado, pois é um 'direito da gestante'. E o direito do pequeno ser humano, que nem consegue se defender?

Se não quer dar à luz, que evite a gestação usando camisinha, anticoncepcionais...

Depois que engravidou, que leve a gravidez até o final, e, se não o quiser, que o entregue para os familiares ou para adoção...

 


Conversão de José Wilson Lício

 

José Wilson, apesar de ser filho do rev. Wilson Nóbrega Lício, pastor Evangélico, se dizia ateu. Não acreditava mais na existência de Deus devido a algumas decepções...

Um dia, conversando com ele, eu disse que no dia que ele precisasse de uma ajuda maior, fizesse 'prova de Deus', pois na Bíblia há um versículo onde fala para O colocarmos à prova.

Depois de um tempo, houve o 'Plano Collor', onde todas as pessoas que tinham mais dinheiro no banco o perderam para o governo. Para não permitir que os seus colaboradores fossem à falência, ele os pagou e ficou zerado.

José Wilson era decorador e fazia decoração para empresários ricos, que moravam em São Paulo e Ribeirão Preto (SP).

Um dia ele foi entregar mais uma mansão decorada por ele. Ele fazia, muitas vezes, desde a escolha do terreno, a planta da casa, a decoração da casa e até do jardim.

Quando estava mostrando ao dono e à sua esposa a decoração do interior da casa, se lembrou de dois tapetes que ele importou da Índia, lindos, grandes e caros. O cliente que os havia encomendado acabou por desistir, devido à situação econômica do País; e o José Wilson ficou com o prejuízo, pois já os tinha importado e pago.

Os tapetes eram grandes, um de 3x5m e outro de 5x7m. Foi nesta hora que se lembrou do que eu dissera e, segundo ele, fez uma 'oração porca':

– Deus, se é  que você  existe mesmo, faça  com que este homem compre um dos tapetes, para me tirar dessa situação.

Falou para o senhor que os tapetes eram lindos e que ele poderia consultar a sua esposa sobre a sua compra, pois ficariam perfeitos na sala de jantar da mansão.

O senhor disse que não iria falar com ela, pois ela só sabia gastar...

Sem desistir, ele orou mais uma vez, em silêncio, falando para Deus, que se Ele existisse mesmo, que um milagre acontecesse.

O homem resolveu então ir falar com a sua esposa e enquanto estava no caminho da sala para a cozinha, José Wilson fez a sua última oração. E nesta mesma hora, o senhor se virou e disse:

– Não vou falar com ela, não.  Vou fazer uma surpresa! Vou comprar o tapete maior.

Voltou para onde o José Wilson estava e o encontrou com lágrimas escorrendo pelos olhos...

E assim Deus se manifestou para o meu querido irmão José Wilson, que se tornou crente, aceitando também a Jesus como o seu Salvador.

Glórias a Deus!!!

 

 

Aprendizado para toda a Vida

 

Eu tive um amigo que me era muito caro. Um rapaz inteligente que conheci desde que éramos pequenos ainda. Morávamos próximos e sempre visitava a sua família e ele a minha. As nossas famílias eram muito amigas. Brincávamos pelas ruas do bairro de Pinheiros, em grupos, e também a sós. Eram momentos de muita alegria.

Ele era realmente muito inteligente, além de esforçado. Tocava piano com maestria, falava sobre as plantas, quando via alguma em algum vaso ou pelas ruas e parques. Dizia os nomes científicos, como deveriam ser cuidadas. Ao ver um aquário, falava sobre cada um dos peixes, como deveriam ser cuidados, como deixar um aquário autossuficiente, de modo a não precisar ser esvaziado e limpo... Amava Astronomia e, ao ver as estrelas, discursava sobre cada uma delas, seus nomes e a qual constelação pertenciam. Tudo isto e muito mais, mas sempre com humildade, de uma forma tranquila, com bom humor, sem querer ‘aparecer’.

Quando chegou ao final da adolescência, resolveu cursar Medicina. Sendo estudioso, entrou em duas faculdades, escolhendo ir para Campinas, onde começou a fazer o seu curso. Depois desta fase eu quase não tinha quase notícias dele, a não ser pelos seus familiares, além de serem notícias esporádicas.

Depois de um tempo, pouco mais de um ano, desistiu, retornando a São Paulo. Passou um tempo em depressão e depois começou a trabalhar como ‘office-boy’ em Pinheiros e arredores. Pouco o encontrei ou conversei com ele nesta época, inclusive por eu ter me mudado de lá com a minha família. Uma vez o encontrei no Largo de Pinheiros e quando

perguntei por que resolveu ser ‘office-boy’, respondeu laconicamente que era bom, pois andava durante todo o dia e assim, ao voltar para casa, dormia logo, de tão cansado, e não ficava pensando, à noite, nos problemas da vida.

E o tempo passou...

Depois de alguns anos soube que ele resolveu novamente tentar fazer Medicina, e mais uma vez entrou em uma excelente faculdade pública em São Paulo, com excelente classificação. E assim acompanhei, de longe, o seu esforço para cursar a faculdade, sendo sempre muito bem avaliado.

Um dia, quando eu estava terminando a Faculdade de Enfermagem na USP, ele cursando o quarto ano de Medicina, meu pai recebeu um telefonema onde disseram que ele estava internado na UTI do Hospital das Clínicas, em estado grave. Fiquei consternada, sem saber o que pensar a respeito, só querendo vê-lo e saber como estava. Fui correndo para lá, ainda com o uniforme de estudante, o que me facilitou a entrada. Vi que estava mesmo muito mal, em estado de coma, com traqueostomia. Ao conversar com os médicos, eles me disseram que o seu estado era grave e que dificilmente sobreviveria.

Soube então da sua história. Seus pais resolveram viajar para o litoral e ele disse não querer acompanhá-los para ficar em casa e estudar para uma prova. Seus pais saíram de carro e logo depois resolveram voltar, pois seu pai havia esquecido um documento. Assim que chegou à sua casa, chamou pelo filho, que não respondeu. Subiu as escadas que dava para o andar superior e logo viu a porta do banheiro, entreaberta, com barulho de água corrente. Entrou e viu o filho sentado na banheira de ‘ofurô’, com os pulsos cortados, com o sangue jorrando até o teto. Ficou desesperado, fez um torniquete no braço, chamou a ambulância, que o levou ao Hospital das Clínicas.

Ele era um rapaz magro, alto, mestiço de japonês com brasileira, muito bonito. Eu não conseguia entender o que poderia tê-lo levado a um ato tão extremo. Ficava imaginando a sua aflição por algo que estava tirando a sua paz e a tristeza profunda dos seus pais, irmãos e familiares...

Comecei a visitá-lo todos os dias, após o meu estágio no próprio HC, e depois, mais à noitinha, após o término das aulas teóricas, no prédio ao lado. E sempre que ia lá, pegava na sua mão e conversava com ele, mesmo ele estando em estado de coma profundo. Dizia que era o meu amigo preferido, que o amava como a um irmão, que a sua vida era muito importante para mim, para os seus parentes e amigos. Sempre, antes de entrar na UTI, lia algum versículo da bíblia que falasse sobre o amor de Deus, sobre a sua imensa bondade, discorrendo depois sobre o texto. Sabia que algo muito sério deveria ter acontecido para que ele desistisse assim da vida e queria tocar o seu coração, pois sabia que só sairia dali vivo se ele mesmo quisesse e lutasse pela sua própria vida.

Uma vez um dos alunos de medicina, que cuidava dele, me contou que era seu colega de faculdade e relatou-me alguns fatos que aconteceram com ele, mas nada que justificasse toda esta tragédia. Eu percebia que havia uma razão muito séria por trás de tudo aquilo e orava para que Deus me desse a Sua sabedoria, para que eu pudesse chegar ao seu coração e tocá-lo de alguma forma. Pedia também para que Deus me desse tempo suficiente e a melhor forma de falar de Jesus para ele, que segurasse a sua vida até ele ouvir sobre a verdadeira mensagem do evangelho.

Depois de passados uns 15 dias, eu estava falando com ele, segurando a sua mão quando, de repente, eu disse:

– Olha, eu estou vindo aqui todos os dias. Tenho falado com você, sem ao menos saber se você me ouve ou se me entende. Não sei se estou falando com as paredes... Se você está me escutando, dê algum sinal, por favor! Pode ser um aperto de mão, um piscar de olhos, qualquer coisa... – E fiquei atenta.

De repente, senti um aperto de mão forte, o que me deixou muito surpresa e feliz, já que os médicos diziam, sempre, que eu estava falando com uma ‘planta’, pois ele nada poderia escutar, já que estava em um coma profundo. Diziam isto para que eu aceitasse a sua condição, e me conformasse.

Depois de saber que ele não só me escutava, mas também conseguia me entender, comecei a falar de uma forma mais clara e direta, pedindo a ele para que, se concordasse comigo, me apertasse a mão; se não, ficasse quieto. Quando não apertava a mão, pedia então para que, se não concordasse comigo, apertasse então a minha mão. E começamos assim a nossa 'conversa’.

Uma vez, antes de ir para o HC, passei pelo Largo de Pinheiros, onde pegaria outro ônibus para lá e, sem querer, enquanto conversava com um rapaz, ainda no ponto de ônibus, quando contei deste meu amigo, ele começou a contar que ele havia sido seu colega lá em Campinas.

Eu fiquei chocada com esta ‘coincidência’. Contou-me um pouco das razões que levou este meu amigo a desistir de ficar lá e terminar o seu curso, já que era um excelente aluno. Disse que ele, sendo de uma família evangélica, resolveu morar em uma república onde haviam vários rapazes. Um dos seus companheiros de quarto procurou-o no meio da noite, tentando manter uma relação sexual com ele, que ficou chocado, pois este rapaz era um dos líderes da igreja evangélica local. Não ficou claro para mim, nem para este rapaz, até que nível chegou este possível relacionamento. Só sei que foi por esta razão que ele abdicou do seu sonho de se formar em Medicina, voltando para São Paulo desesperançado, atormentado e deprimido, além de não mais confiar em Deus, na igreja, onde fora criado por tantos anos. Percebi que

não se sentia digno do perdão de Deus por tal ato. Lembrei-me então de como estava descrente quando o encontrei no enterro da sua avó, pouco tempo depois da sua volta de Campinas.

Então consegui entender um pouco da provável razão para ele ficar tão desacorçoado, sem acreditar mais no ser humano, na igreja, na vida, em Deus! E continuei a visitá-lo todos os dias, sempre tentando falar com ele sobre o que eu sabia ser a única razão que poderia tocar o seu coração: a fé em Deus.

Falei então sobre o versículo onde está escrito que Deus não só perdoa nossos pecados, como deles se esquece; que não há pecado, por mais escarlate que seja, que Deus não possa tornar mais branco do que a neve. E outros versículos que mostram o Seu grande amor por nós. Falei sobre Deus nos amar a tal ponto que nos deu o único filho para que fôssemos perdoados, já que não somos, nem conseguimos, ser perfeitos. Falei do sacrifício de Jesus na cruz e, no final, perguntei se ele queria entregar a sua vida a Jesus, confessar os seus pecados e aceitá-lo como o seu único Salvador. Pedi a ele que se concordasse apertasse a minha mão; não apertou. Disse que se não concordasse, que deveria apertar a minha mão. Não apertou. Então perguntei se estava me ouvindo; apertou a minha mão. Perguntei se estava na dúvida; apertou a minha mão. Então perguntei se poderia orar por ele, apertou a minha mão. Orei por ele e disse para ele pensar até o dia seguinte.

No dia seguinte, quando li outro versículo, disse a ele que eu ‘não iria enfiar pela goela abaixo algo que ele não quisesse, só porque estava sem poder me responder’. Ele respondeu, do nosso jeito, que eu poderia continuar a falar. No final perguntei se queria, afinal, aceitar a jesus como o seu Salvador, e ele apertou fortemente a minha mão. Orei com ele e me pareceu que até o seu semblante ficou mais calmo, mais sereno. Aquele ar de tristeza, de angústia, deu lugar a uma paz que parecia vir de dentro para fora. Depois de poucos dias começou a dar um pequeno sorriso, só de um lado da boca, quando eu brincava com ele. Comecei então a ter mais esperança e ia visitá-lo, mais animada.

Neste dia, quando fui conversar com os médicos eles me disseram que, mesmo que ele sobrevivesse, já havia perdido a visão, pois havia, além de tudo, tomado um veneno para plantas, que o havia tornado cego. Disseram ainda que também não andaria e talvez sobrevivesse com sérias limitações.

Sabendo que os seus pais e irmãos queriam muito visitá-lo, pedi a ele que os recebesse. Ele não queria, mas eu sabia ser importante para a sua mãe. Então, depois de uma certa insistência, ele aceitou.

Um dia, ao chegar lá, o encontrei chorando muito, convulsivamente. Chorava alto e o som do seu choro saia pela traqueostomia, fazendo um som horrível, gutural; o que me fez chorar também. Fui conversar com os médicos e perguntei o que havia acontecido e eles me disseram que ele ficou assim depois que a sua mãe o havia visitado, na noite anterior. Chorou durante toda a madrugada e durante toda a manhã. Conversei com ele e tentei acalmá-lo, dizendo que não sabia o que a sua mãe havia falado, mas fosse lá o que fosse, tentasse se lembrar de que uma mãe desesperada às vezes fala coisas que não deveria falar nunca, mas que ela sempre o amou. Orei com ele e ele se acalmou. Pedi então aos familiares para não o visitarem mais, até que ele melhorasse de vez...

Uma tarde, quando estava conversando com ele, um dos residentes me inquiriu, dizendo como eu podia dizer que conversava com um ‘quase morto’. Eu expliquei como havia sido o nosso processo e eles ficaram muito intrigados, além de curiosos. Falei para eles ficarem calados e acompanharem toda a minha conversa. E assim foi. Até que eu perguntei se ele havia dormido bem; ele não apertou a minha mão. Depois eu perguntei se havia dormido mal e ele apertou a minha mão. Daí resolvi perguntar o que havia acontecido. Pedi para que ele apertasse a minha mão quando chegasse na primeira letra da palavra que seria a causa da sua insônia. Falei todo o ‘abecedário’, e nada! O rapaz que era residente, já entusiasmado, falou bem alto que ele não havia entendido direito, que eu repetisse. Eu fiz sinal para ele ficar quieto e expliquei novamente como seria a nova fase do processo por nós descoberto. Foi quando eu disse ‘D’ e ele apertou a minha mão. Para agilizar eu já perguntei se estava sentindo alguma dor; ele respondeu que sim. Novo abecedário e na letra P, novo aperto de mão. Perguntei se era ‘dor no pé’ e ele respondeu que sim. Descobri os pés dele e pudemos observar enormes hematomas que foram feitos à noite, na tentativa de pegar uma nova veia.

Como ficou claro que ele percebeu que estava sendo observado durante a nossa conversa, pedi a ele que dali para a frente respondesse às perguntas dos médicos. Ficou ‘calado’, mas eu disse que eles queriam o seu melhor e assim ele estaria ajudando na sua própria recuperação. E assim ele concordou.

Nesta época ele apresentou uma infecção generalizada e eles entraram com antibióticos mais potentes.

Depois de alguns dias, percebendo que os seus cabelos estavam muito sujos e oleosos, perguntei se ele me deixava lavá-los e ele aquiesceu. Pedi uma bacia e uma jarra com água morna, uma toalha de banho e uma auxiliar de enfermagem me auxiliou, já que ele não conseguia se movimentar. Não quis dar banho no leito nele por achar que possivelmente ficaria constrangido, sendo eu mulher e sua grande amiga.

Depois deste ‘banho’ resolvi dar uma volta pelas redondezas para esfriar a minha cabeça e voltar no final da tarde para visitá-lo novamente, no próximo horário de visita. Fui ao cinema, no Conjunto Nacional, próximo dali, e ‘assisti’ a um filme. Não me perguntem qual foi o filme, pois o filme que passava na minha cabeça era tudo o que havia acontecido nestes últimos 20 dias...

Só pensava em como Deus havia atendido às minhas orações e em tudo que já havia acontecido. Mas continuava a orar por ele, pedindo a Deus que se fosse para ter tantas sequelas, uma vida em cima de uma cama, sem qualquer qualidade de vida, que o levasse para junto de Si.

Na volta visitei-o novamente e ele até deu um sorriso para mim. E saí dali mais tranquila, mesmo sem saber qual seria o final desta história.

Chegando em minha casa, conversei com os meus pais, e fui dormir, não sem antes orar mais uma vez por ele. Confesso que naquela hora pensava na possibilidade de ele sobreviver, sem maiores sequelas, e usufruir uma vida, produtiva e feliz. E adormeci...

Fui acordada lá pelas 5:30h do dia seguinte, com o pai dele me dizendo que ele sabia que eu 'já esperava por esta notícia’. Disse que ele morreu à noite, dormindo, sem sofrimento algum. Eu agradeci a ele e disse que iria logo para lá. Confesso que à estas alturas eu não esperava este final, assim, tão rápido...

Ele se foi, mas ficaram as memórias, as boas e más lembranças, e, principalmente, ficou a certeza de que ele está junto a Deus, gozando da Sua presença e do Seu grande amor. Quando lá eu chegar, só quero dar um abraço bem apertado nele, que falará por si só...

Ficou a enorme gratidão a Deus por haver permitido que eu pudesse ter tempo para falar de Jesus e, principalmente, de ele O aceitar como o seu Salvador.

E ficou o grande aprendizado que auxiliou durante toda a minha vida profissional, como enfermeira, bem como na minha vida pessoal, com os meus familiares...



sábado, 18 de abril de 2020

O testemunho de Rose Price, sobrevivente do Holocausto


A história de Rose foi contada no livro A Rose from the Ashes (Rosa das Cinzas), publicado em 2006.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Depoimento de conversão do Pastor Gustavo Bessa (esposo de Ana Paula Valadão)


Gustavo, criado em família de evangélicos, apesar de possuir profundo conhecimento bíblico, aos 17 anos afastou-se dos caminhos do Senhor. Assista ao vídeo, conheça o motivo do afastamento e como a misericórdia de Deus o alcançou.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Testemunho: Vida de superação


Walrikson Félix: Jesus, o nosso autor e consumador
de nossas vidas, a ele damos glória louvor e honras. 
Me chamo Walrikson Félix natural de Triunfo Potiguar/RN, e hoje por promessa de Deus estou em Florianópolis/SC, e venho falar um pouco de meu testemunho de vida.

No ano de 1999, com 14 anos de idade, minhas irmãs gêmeas crentes chegavam da igreja com uma empolgação enorme, comentavam como tinha sido aquele culto na noite que se findara, e eu só na escuta, que em mim vinha me envolvendo uma vontade de saber que culto era esse que elas tanto falavam.

Em meio à conversa, elas comentavam que o pastor e sua esposa eram pessoas que refletiam Deus em suas vidas. E isso me deu uma vontade imensa de saber quem eram aquelas pessoas. No dia 8 de dezembro de 1999, saí de minha casa, para ir à igreja, e ao entrar dentro dela fui envolvido com uma paz que percorria aquele lugar, sentei-me no último banco, e quando chegou o término do culto o pastor ao falar com a igreja me pergunta se confesso a Deus, e eu de imediato falei que aceitaria a Ele como meu Senhor. Saí da igreja ouvindo burburinhos em meu ouvido como " você vai se arrepender" ou " porque você fez isso, ainda há tempo" mas não dei ouvidos para isso, e fui pra casa.

Tempos depois minha mãe se converte também, juntamente com meu irmão. Eu e minha casa servíamos ao Senhor. Mas muitas coisas ainda viriam para provar minha fé. Minha mãe acometida de um câncer de mama, esconde a doença e não nos fala, após três anos ela sofre uma queda dentro de casa e foi só o tempo de três meses... Parte para o Senhor.

Nossa família se desestrutura rapidamente. A igreja parece que nos esquece. Nunca imaginei que o diabo queria tragar minha vida, só a misericórdia de Deus para me tirar dessa.

Me afastei da presença do Senhor, comecei a andar no mundo e fazer o que o diabo gosta. Em uma dessas andadas piloto uma moto e saio desesperadamente. Sofro um acidente muito sério. Fraturo a coluna cervical, quebro  a 3° vértebra do pescoço, fico sem comer e beber água por causa da fratura interna no maxilar,  e paralítico por 32 dias.

Dentro do hospital, Deus usa uma de suas servas, que fala que eu ainda iria sair pelo mundo para pregar  o que o Senhor havia feito em minha vida. Saio do hospital, volto a andar depois de quatro cirurgias arriscadas. Hoje tenho duas platinas na 3° vértebra do pescoço.

Em primeiro lugar, agradeço a DEUS, que nos quer na sua presença, me levantou com sua promessa, e aqui estou para falar do seu amor.

Agradeço aos muitos que me ajudaram para que hoje estivesse aqui proclamando o amor de nosso DEUS e muitas outras coisas que ele fez em minha vida.

EM ESPECIAL, QUERO AGRADECER AO MEU AMIGO E IRMÃO EM CRISTO ELISEU ANTONIO GOMES, QUE ABRIU ESTA PORTA VIRTUAL PARA QUE EU FALASSE SOBRE O AMOR DE DEUS EM MINHA VIDA. SEI QUE DEUS VAI TE RETRIBUIR ESTE FAVOR E MUITOS OUTROS QUE FIZESTE, AO QUAL SÓ ELE SABE. RECEBA O MEU MUITO OBRIGADO.

Assista o testemunho completo:

sábado, 17 de junho de 2017

Testemunho de Jim Caviezel, ator do filme A Paixão de Cristo



Testemunho do ator norte-americano James ("Jim") Caviezel, que interpretou Jesus no filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson. Jim estrelou também filmes como O Conde de Monte Cristo, Além da Linha Vermelha, Rota de Fuga e Outlander, dentre muitos outros.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Liberto das drogas, ele foi de mendigo a diretor de centro de recuperação


Liberto das drogas, ele foi de mendigo a diretor de centro de recuperação esde os 13 anos de idade cativo pela dependência química, Raul Roncada chegou a mendigar, ser morador de rua, sofrer uma overdose e ficar à beira da morte. Para a maioria das pessoas, ele era um caso perdido, mas não para o Deus do impossível, com quem teve um encontro em 1999 e desde então nunca mais foi o mesmo. O cativo se tornou liberto e propagador da liberdade em Cristo. Levando as Boas Novas de salvação, ele ajuda hoje inúmeras pessoas a saírem das drogas. Conheça o testemunho deste servo do Senhor, hoje presbítero da AD em Caxias do Sul (RS), sob a liderança do pastor Daniel Régis Cavalcante. 
Segundo recorda o presbítero, em 1988, com apenas 13 anos de idade, ele começou a frequentar festas de garagens e ouvir rock and roll, se deixando levar pelas letras subversivas e de apologia às drogas. “Nos ambientes das festas, havia uso de drogas e álcool deliberados. De tanto ver as pessoas usarem e querendo me espelhar nos meus ídolos do rock, acabei cedendo. Quis saber o que havia por trás do poder das drogas e nem imaginava o abismo em que estava me jogando”, conta Raul. No início foi cigarro e álcool, e não demorou para que logo viesse a maconha, anfetaminas, chás, barbitúricos, cocaína e até mesmo o crack. Raul foi definhando, tanto em seu corpo quanto em sua mente, no espírito e em todas as áreas de sua vida. Ele conta como um rapaz cheio de talento, perspectivas e boa criação foi parar na sarjeta das ruas da cidade. “No começo, a droga traz uma alegria e paz ilusória, mas a sensação de bem estar e tudo mais logo passam e dão lugar às perdas, aos conflitos internos e ao sofrimento seu e de todos os que te amam e estão ao seu redor. O vício domina você dia e noite. A gente dorme e acorda pensando na droga, sem nenhuma outra expectativa nessa terra. Por isso, você passa a viver só para a droga, larga seus familiares e passa a andar nas ruas com drogados, hippies, andarilhos e até mesmo mendigos. Porque o queimporta é ir onde a droga está. Dormi muitas vezes com frio de 0°C, nas calçadas, mesmo tendo uma casa quentinha me esperando”. Raul conta que sua família adoeceu e foi devastada juntamente com ele ao vê-lo em ruínas e não podendo fazer nada.
Nesses dias de dor, houve um tempo em que a oração de sua mãe era apenas para que ele voltasse vivo para casa, pois cada dia parecia que seria o último de seu filho. Raul andava com calças rasgadas, camisetas com imagens de demônios, largou os estudos, perdeu bons empregos, relacionamentos e até a auto-estima; morou nas ruas e, certa vez, quase morreu de overdose. Mesmo vendo essa total degradação e a sua família desmoronando, ele não tinha forças para reagir. E durante esse processo, ao longo de 10 terríveis anos, foi assistindo amigos morrerem por doenças, overdoses, assassinados, tudo relacionado às drogas. Até que começou a se dar conta de que ele estava sendo arrastado para a morte. “Depois de ter perdido tudo nos 10 anos vivendo no vício, sem esperança, afundado nas drogas, eu encontrei um amigo das ‘antigas’ que era usuário, mas estava diferente, com um brilho no rosto e uma Bíblia na mão. Ele me disse que Jesus havia libertado sua vida de todos os vícios e que agora ele era uma nova criatura em Cristo Jesus. Isso jogou luz e esperança em meu coração”, testemunha o presbítero. 
E neste mesmo dia, esse amigo transformado pelo poder do Espírito Santo orou por ele, que aceitou ir a um centro de recuperação evangélico, chamado “Desafia o Jovem”, na cidade de Três Coroas (RS). “Nos cultos, comecei a entender que Cristo me amava e havia entregado sua vida por mim. Resolvi aceitá-lo como único e suficiente Salvador e Senhor. Foi o dia mais feliz da minha vida! Senti o perdão dos pecados, a paz em meu coração e todo mal saindo da minha vida! Jesus é poder!”, emociona-se. A luta começou com o processo de santificação. Foram 9 meses internado no Centro de Recuperação, reaprendendo a ter horários, trabalho, respeitar regras e principalmente a começar a conhecer o Deus Todo-Poderoso, que lhe guardara todo esse tempo. “Entrar nas drogas é fácil; sair, quase impossível. Só Deus mesmo. Foi difícil, mas cada dia vivendo sem drogas era uma vitória. E a libertação veio à medida que euouvia a Palavra de Deus. Nessequase um ano, eu jejuava, orava, lia a Bíblia e Deus ia me transformando, sepultando o velho homem e fazendo-me uma nova criatura em Cristo Jesus”. 
Raul pediu perdão a toda a sua família e ao acompanharem sua nova vida em Cristo maravilhados, sua mãe e alguns anos depois seu pai também se renderam ao Poderoso Salvador que transformou seu filho de mendigo a um homem de Deus. Assim que recebeu alta, ele se engajou a serviço do Reino e de pacientes do centro de recuperação, tornando-se diretor após anos de serviço integral, ajudando centenas de vidas a serem libertas das drogas, assim como a sua. Hoje, é casado com a irmã Valquíria, palestrante, bacharel em Teologia, atua também em um programa de rádio ligado à Assembleia de Deus, e tudo sempre focado em tirar almas das drogas e inspirar famílias de dependentes químicos a terem fé no Libertador através da sua própria história de triunfo e superação no Senhor.
Mensageiro da Paz - Número 1573- Junho de 2016, CPAD

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