TESTEMUNHOS CRISTÃOS

FUTEBOL, DROGAS E VIOLÊNCIA - TESTEMUNHO DE UM EX-HOOLIGAN

Alô, meu nome é Jean e eu era um hooligan. A realização em minha vida era estragar aquilo que outros haviam construído.

TESTEMUNHO CRISTÃO

Todos sabemos do enorme impacto evangelístico que representam os testemunhos cristãos.

domingo, 13 de julho de 2014

Harris Home For Children: quando um é o suficiente


Por Katie Bivens
Tradução: Eliseu Antonio Gomes

Eu me mudei para Huntsville há pouco mais de um ano. Foi quando comecei a colocar meus pés na comunidade em uma pesquisa, abria meus olhos e ouvidos para encontrar uma maneira de ser útil ao próximo, me encontrei encantada pela quantidade de oportunidades que a cidade tem a oferecer a quem deseja servir.

Existem incontáveis instituições sem fins lucrativos, iniciativas de serviços sociais, pequenas organizações à benfeitoria. Que cidade maravilhosa, fiquei impressionada! Tentei apresentar-me como tutora em programas escolares. Pela grande dimensão, não foi um tempo fácil, mostrando de forma muito consistente o que dificultava a criação de relacionamento com as crianças. Pensei em ser voluntária numa cozinha servindo sopas ou me aventurar trabalhando numa conhecida área de desabrigados. Pensei no voluntariado em uma abrigo de animais, mas isso jamais funcionaria bem comigo, pois a probabilidade maior seria eu tentar adotar os bichinhos e levá-los para minha casa. Nada parecia se encaixar bem em minha busca por uma atividade de servir minha comunidade.

Apesar da ansiedade em encontrar uma ocupação, me esforcei por ser paciente, pois sabia que existia algo em algum lugar, perfeitamente adequado para meu jeito de ser. Na minha procura, uma dessas oportunidades deveria ser tudo para mim. 

Após oito meses pesquisando, encontrei o lugar em que poderia servir fazendo a diferença. A resposta da minha oração era o Harris Home for Children (Harris Lar para Crianças), um lar adotivo e agência cuja missão é encontrar famílias para crianças.

O jeito que eu me deparei com essa instituição foi realmente providencial. Desde que me entendo como gente me vejo com o coração ardente por órfãos, assuntos relativos à adoção e filhos adotivos. Em determinada noite, decidi fazer uma busca no Google. (Nota: a resposta da pesquisa não mostrou claramente a realidade de grupos em lares provisórios). "Orfanatos em Hunsville". A instituição Harris Home for Children foi o primeiro site em tela. Eu cliquei para ler sobre ele e descobri que havia uma página no Facebook, gostei, percebi oportunidades de serviço voluntário, etc. Aproximadamente, cinco minutos depois, uma amiga querida, que me conhecia bem e é conhecedora de minhas inclinações, enviou um texto para mim.

"Olá! Percebi que você clicou "like" na página Harris Home for Children. Meu perfil no Facebook está em conexão com o perfil de Tony McGinnis, o diretor executivo (de uma classe da liderança local). Ele é uma pessoa impressionante. Tenho condições de apresentar você a ele via e-mail. Deseja que eu faça isso? Duh."

Ela enviou e-mails fazendo a introdução. Em seguida Tony fez um convite para uma visita e entrevista a respeito de chances de voluntariado. Fui, visitei, me apaixonei. Ao me sentar à mesa de Tony e ser entrevistada por ele, disse-lhe sobre minhas intenções de ajudar e perguntei qual seria a maior necessidade. Ele me disse que poderia estar ali exatamente do modo como eu era e me envolver o quanto eu desejasse estar envolvida. Ele também me disse que havia algumas vagas abertas no Conselho Administrativo. Ainda não sei se ele estava desesperado por ajuda e abriu as portas para uma garota desconhecida qualquer, ou se enxergou a sinceridade que havia em meus olhos e não quis perder essa oportunidade.

Agora eu sirvo como Secretária do Conselho, Presidente da Comissão de Desenvolvimento e Recursos e como mentora de algumas meninas agregadas ao campus. Estou mergulhada até o pescoço na organização da instituição e não poderia me sentir mais satisfeita do que me sinto.

A Harris Home for Children foi fundada em 1954 pelo casal George e Chessie Harris. A Chessie liderava o início da organização. No começo, cuidava de desabrigados e crianças famintas. Aos poucos, o número de necessitados passou a ser dezenas, e em um dado momento a instituição estava tão cheia que foi preciso usar um tronco de árvore para construir berços aos bebês. A iniciativa do cuidado da primeira criança levou o casal a cuidar de mais de 1200, abrigando todas as idades e etnias em 34 anos de atividades assistenciais.

Simplesmente, começaram com um filho. Mas este começo deu início ao legado que dura mais de 60 anos. 


Agora, a instituição localiza-se na Street Church ao norte de Hunstsville. É a casa de 20 crianças. O número é oscilante, pois a todo momento crianças chegam e vão. Elas vêm por nomeação do Departamento de Recursos, vítimas de negligência ou abuso. A missão da Harris Home é manter um ambiente seguro e saudável para elas, dar condições para que cresçam com condições de encontrarem um futuro promissor, para isso oferece abrigo, atendimento terapêutico e serviços educacionais, simultaneamente.

Apesar de ainda a instituição não ter liberdade para ir às ruas e retirar as crianças desabrigadas que necessitam de cuidados, apenas estar autorizada a receber aquelas que o DHR envia, o propósito da instituição é fornecer espaço para o maior número de necessitados, sair em campo e pôr os pequenos sem-tetos fora das ruas também.

Inexplicavelmente, eu me desmancho de amor pelas crianças, elas variam entre as faixas de 12 aos 20 anos de idade. Quando estou com elas sinto o desejo de me envolver e abraçá-las calorosamente. E muitas vezes eu as abraço. Elas gostam de esporte e atletas, artistas, escritores, músicas. São jovens, infantis. São pessoas que tiveram a infância roubada. A maioria delas, em sua vida de poucos 13 a 17 anos de existência, conheceram a dor mais do que a média de outras crianças que moram em famílias estruturadas. 

Embora tenha a sorte de interagir com cada criança, em algum nível, tive a grande bênção de trabalhar em estreita colaboração com uma garota em particular. Ela é inteligente, às vezes meiga e às vezes mal-humorada. Ela é assim por ser conhecedora da maldade e do lado mais feio deste mundo.

Quando estamos juntas, uso meu tempo para incentivá-la, da melhor maneira possível eu me comporto como se fosse a sua irmã mais velha. Preparo meu coração para esses momentos com ela, estudo maneiras de conversar e dizer-lhe que ela é uma filha de Deus e que seu valor como pessoa é bem mais alto que ela imagina que seja. Mas todas às vezes que os encontros terminam, se apodera de mim o sentimento de admiração pela capacidade que ela tem de me ensinar mais do que eu posso ensinar a ela. Aulas sobre amor, lealdade, confiança. Por muito tempo empreendi esforços para encontrar o modo de ser o diferencial positivo na vida de adolescentes e esta adolescente é que faz essa diferença em minha vida.

Ao pedir a ela para me dizer quantas pessoas se preocupam com seu bem-estar, ela olha para mim e diz: "Eu sei que você tem essa preocupação comigo". Então meu coração se alegra. Nesta alegria eu encontro a certeza que encontrei meu espaço para servir ao próximo.

Meu sonho é grande, quero ser orientadora de todas as crianças que se abrigam debaixo do teto da Harris Home of Children, mas na minha insignificância este objetivo começa com apenas uma delas.

E.A.G.

Fonte: Shattered  http://shatteredmagazine.net/harris-home-for-children-one-is-all-it-takes/ 
Imagens: cortesia Derek Daniel

Katie é colecionadora de canecas de café, direciona jovens à faculdade, é escritora. Mora em Huntsville, Alabamada, EUA, com seu cão beagle e um adorável gato acima do peso. É blogueira, faz postagens sobre o que a fé exige de você.  katiebivens.blogspot.com


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