TESTEMUNHOS CRISTÃOS

FUTEBOL, DROGAS E VIOLÊNCIA - TESTEMUNHO DE UM EX-HOOLIGAN

Alô, meu nome é Jean e eu era um hooligan. A realização em minha vida era estragar aquilo que outros haviam construído.

TESTEMUNHO CRISTÃO

Todos sabemos do enorme impacto evangelístico que representam os testemunhos cristãos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Um marcante testemunho de conversão: de aborrescente a adoradorcente



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Se você ainda não conhece o Tagore, tem a apresentação dele aqui e outro interessante testemunho dele aqui.

E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. João 19.30. Eis aí a minha vida, a vida de Jesus em mim.
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria de homens, mas no poder de Deus.” 1 Coríntios 2. 4 e 5.

Testemunho impactante: O irresistível amor de Deus

Meu testemunho: 

Quando eu tinha uns três anos minha avó me levava na Igreja (a querida Assembleia de Deus em Brasília – Sede). Bem, meu pai e minha mãe nunca se casaram, e quando eu ia pra casa do meu pai, ficava com minha avó. Passei muitos finais de semana indo à igreja com ela, a congressos, escolas dominicais… enfim.

Quando eu cheguei perto dos 7, 8 anos, quase não fui mais à casa dela e comecei a conhecer algumas pessoas, que bem “me desvirtuaram” (as aspas são porque não culpo a ninguém), talvez a palavra melhor seria: me influenciaram. Havia um rapaz, não vou dizer o seu nome, mas irei chamá-lo de Jorge. Esse jovem começou a pesquisar e a tentar praticar algumas coisas bem esotéricas, como viagens astrais, rituais neopagãos, e outras coisas mais. E eu “entrei de cabeça” nessas pesquisas e práticas.

Enquanto, isso, minha mãe, que é espírita, me levava ao centro dela, e eu, amava aquilo, achava a coisa mais espetacular que eu via. Eu era louco para incorporar. Muitas vezes, no computador da minha mãe, escutava rock enquanto lia mais e mais coisas esotéricas, mais e mais casos. Diversas vezes, a mistura dos solos de guitarra com o modo como aquelas coisas mexiam comigo me deixavam num espécie de “transe”. Aquilo mexia muito comigo.

Alguns anos antes, quando mais jovem, tinha tido algumas experiências sexuais com alguns outros rapazes e com uma menina mais ou menos da minha idade. Esclarecendo: não todos de uma vez. #vergonha (Anotação do Wallace: muita coragem a dele falar abertamente sobre isso.. não sei se eu teria essa coragem). Minha mãe um dia descobriu e teve uma conversa muito séria comigo. Disse-me que eu poderia ter a opção sexual que eu quisesse, mas que aquele não era o momento de decidir aquilo. Graças a Deus, quando pude decidir, decidi pelo heterossexualismo.

Voltando aos dez anos: conheci um vizinho meu que chamarei de Lúcio. Ele, como o outro amigo meu, também gostava de pesquisar umas coisas bem esotéricas. Procurávamos ovnis, fazíamos meditações e eu lia muito sobre esses assuntos. Nunca cheguei a fazer parte exata de nenhuma religião, de estudar sua doutrina, mas pesquisei muitas coisas superficialmente. Nós vivíamos ouvindo uns barulhos estranhos pela casas (na minha, na dele, em outros lugares que íamos) e até vimos discos voadores no céu (não pareciam aviões)… enfim. Várias coisas aconteceram. Mas eu ainda mergulhei um pouco mais fundo.

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Bem, eu terminei a 4ª série (sempre fui muito precoce) e mudei para um outro  colégio. Nessa época quase nada aconteceu. Mas, no ano seguinte (2009), eu li o livro que satanás mais usou pra me confundir e me levar à perdição. Até lançaram filme desse livro, chamado: Percy Jackson e o Ladrão de Raios (considerado o primo americano de Harry Potter). Meu amigo Roberto me apresentou esse livro e, de alguma maneira, ao conversarmos sobre ele, começamos a pensar que eu fosse um semideus.

Na sexta série (sétimo ano) conheci uma menina, de quem eu gostava, que chamarei de Jaqueline. Essa Jaqueline cria em coisas bastante diferentes: bruxas, deuses mitológicos, lobisomens, vampiros… E eu também acreditava nessas coisas. Eu, Roberto, Jaqueline e Lúcio. Nós começamos então a pesquisar mais e mais coisas, e eu comecei a querer ir em cemitérios, matas e comecei a ter muitos sonhos estranhos…

Nesse mesmo ano, fui ao primeiro retiro da igreja. Minha avó me convidou, eu  fui e gostei. Mas não me converti. Nesse ano (2009), Deus começou a operar sua gloriosa salvação em minha vida.

O final de 2009 chegou e minha mãe decidiu se mudar para o Rio, por causa de seu trabalho. Eu iria com ela, procuraria um escola de teatro, me envolveria no mundo da arte secular e da música. Sem exibicionismos, mas eu era um bom ator e um bom escritor de poesias. Uma pessoa que gostava muito de mim e das minhas poesias era o Jorge Ben Jor. Mas aí meu pai me convidou pra morar com ele um ano até que as coisas se estabelecessem aqui no Rio. Eu fiquei, mudei do Plano Piloto para Taguatinga (mais ou menos uns vinte e dois Km). E novamente mudei de colégio.

Nessa época comecei a namorar. Os namoros de hoje em dia, principalmente dos adolescentes são muito diferentes da época, por exemplo, do Wallace (kkkkk). Eu estava com uns doze, pra treze anos. Hoje em dia já acontece de tudo nessa idade. A sociedade está corrompida e muitos acham normal. Eu não cheguei a me envolver sexualmente com ninguém, mas, hoje, ao lembrar do que fiz, penso o quanto imoral eu era. As coisas estão muito invertidas hoje em dia. No ano de 2010, por exemplo, tive uns namoros de alguns meses. Na verdade 5 namoros.

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Minha vida espiritualmente, foi piorando. Passava horas na internet, no msn, falando sobre vários assuntos, crendo, de pé junto, que era um semideus, que estava destinado a fazer coisas poderosíssimas nessa terra pelo meu poder. Cria muito, e servia, a uma deusa chamada Nix. Na mitologia grega, Nix era a deusa da noite, uma deusa primordial, criada antes de Zeus, e muito temida. 

Todas essas coisas iam gerando impactos na vida de cada um de nós. Medos,  desilusões, falta de esperança… Lembro que nas madrugadas, conversando no msn, chegava um momento que sentia um vazio, uma tristeza tão grande! Escrevia poemas, e esses dias pude ver como Deus foi mudando minha vida. Se você quiser, pode ver como Deus transformou meu pensar aqui: http://fimdaestacao.blogspot.com.br/. Aí há poemas de antes de eu ser crente, e de logo após minha conversão, antes do meu batismo.

Mas continuando: um dia meu pai me disse assim: Filho, quero que você vá à igreja comigo. Disse que não, que não gostava da igreja dele, que ia pra da minha avó (aquela da infância). Meu pai é como um desviado, mas Deus usou ele pra me resgatar. Veja bem.

Fui na igreja, e de vez em nunca ia. Mas ia. Por causa da distância, não via tanto meus amigos (Lúcio, Roberto e Jaqueline). Mas coisas ruins continuavam a acontecer. Uma vez sonhei com uma mata e certa vez, ao dormir na casa de uma amiga com Lúcio e Jaqueline(eles estavam namorando), encontrei uma mata muito parecida com aquela.

Entramos mato adentro, seguindo um córrego e chegamos a uma espécie de clareira. Naquele lugar, de repente, percebi que Lúcio havia sumido. Começamos a chamá-lo e ele veio de repente, com os olhos arregalados, dizendo: “Vamo embora, vamo embora”.

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Contou para nós que havia visto um homem barbado com um cachorro ao seu lado olhando para ele. Outra vez, viu um homem encapuzado, e a sua própria  irmã, que não se envolvia com nossas “bruxarias”, viu esse homem na casa de uma amiga, e ele não sumia de maneira nenhuma (Não era um homem normal). Afora isso, constantemente pensava ter experiências espirituais enquanto dormia. E quem sabe tinha. Mas o Senhor de tudo sabe.

Aí o diferente dEle aconteceu. Minha avó me chamou para o retiro daquela igreja (o mesmo que tinha ido em 2009). E eu fui.

Para que ninguém fique perdido na história: Nessa época estudava em um colégio católico. Lá, no livro de religião, li que Paulo, tinha ficado três dias cego, até que Ananias foi usado pelo Senhor para abrir seu olhos, e que isso representava a Crucificação de Cristo, que ficou três dias morto. Isso é importante pra entender o testemunho.

No retiro, logo no ônibus, um crente abençoado me disse: Tagore, não podem jorrar de uma mesma fonte água salgada e água doce. Ele sempre falava comigo ao me ver na igreja. Uma outra menina me disse a mesma coisa no dia seguinte (se me lembro bem). Fiquei pensando naquilo. Cheguei na sexta e sábado à noite houve o culto.

Na tarde de sábado, comecei a sentir uma tristeza grandíssima, perto da hora do culto. Quando cheguei e os irmãos começaram a louvar só pensava em uma coisa: eu estou como morto, meu espírito morreu, to sem alegria. Nunca senti uma tristeza tão grande na minha vida. Mas o Espírito Santo estava operando: eu ficava pensando também, que quando o pregador começasse a pregar e orasse por nós eu iria ressuscitar. Eu tinha fé nisso.

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E quando fomos a frente receber oração, aqueles adolescentes que ali estavam (era um retiro de adolescentes), começaram a glorificar e falar em línguas estranhas e eu ouvia como se houvesse um enorme exército gritando e bradando ali dentro. Abri meus olhos (estava de joelhos) e vi uma irmã colocando a mão sobre a cabeça de um jovem. Aquele jovem então caiu no chão, e eu só pude pensar: se ela tocar em mim eu caio também. E assim foi.

Enquanto estava ali no chão, sentia meu corpo formigar e dizia a Deus: só me  levanto daqui se o Senhor enviar um anjo pra me levantar. Após um tempo, veio um jovem, me levantou e sentou-me numa cadeira. Minha avó chegou perto de mim e me perguntou se estava tudo bem. Minha resposta foi: está formigando vó (com a mão no coração). Ela então chamou os outros irmãos para orarem por mim. E Deus começou a operar mais sobrenaturalmente.

Aquela irmã que pusera a mão na minha cabeça, veio e começou a orar por mim. Me perguntou se eu já havia aceitado a Jesus e eu disse que sim, que o  aceitara quando era criança. Ela então disse que eu iria aceitar de novo e perguntou se eu queria. Eu disse que sim e ouvi na minha cabeça, como uma voz, perguntando: mas você não acredita em reencarnação? E outra voz mais forte respondeu: Mas esse Deus é maior que isso. Então continuei. A irmã pediu que eu repetisse: Eu aceito a Jesus como Senhor e Salvador…

E nessa hora duas coisas estavam acontecendo: a primeira fui saber tempos depois daquele retiro. Enquanto eu ouvia aquela irmã falar em português e repetia suas palavras, os que estavam ao redor ouviam ela falar em uma outra língua e eu traduzindo. E enquanto eu repetia aquelas palavras a segunda coisa aconteceu. Uma tosse forte subiu no meu peito, aquele tipo de tosse que parece que arranha tudo, garganta, peito… Aquela irmã começou a repreender e eu, a tossir mais forte. Eu não estava gripado para tossir daquele jeito. As pessoas que estavam ali me contaram que eu vomitava algo preto. Mas ela repreendeu no nome de Jesus e aquela tosse passou.

Então eu tinha aceitado a Jesus e sido liberto das obras das trevas, mas nem  sabia muito bem o que isso significava. Naquela mesma hora, me levantei (um grande número de adolescentes estavam observando a minha libertação,  pois o culto já tinha acabado), pedi uma Bíblia emprestada, abri onde o Senhor ensinou seus discípulos a orar e comecei a falar sobre aquela passagem. Deus já me usou naquele momento, pra glória dEle! Minha vida já tinha começado a mudar, e Deus já havia começado uma grande obra.

No início, quando me perguntavam minha religião dizia: sou evangélico, mas acredito em reencarnação. Ou algo assim. Não dizia que era evangélico. Mas Deus, que sabe que se o homem não mantém o contato com Ele se perde, abriu uma outra porta.

Eu ia à igreja, mas ia nas festas, de vez em quando bebia (foram umas três vezes), se tivesse a oportunidade fumaria narguilé de novo, continuava com os namoros, enfim, continuava no erro. Jesus então fez algo ainda mais tremendo. Quando minha aulas acabaram, havia uma adolescente na igreja que gostava de mim. Ela me chamava todos os dias pra ir a igreja e eu, de férias, ia sempre. Era ótimo, nós conversávamos e quando tinha culto, íamos pro culto.

Eu também tinha algo como visões. Eu meio que imaginava algo, como se visse uma cena espiritual e ela não saísse da minha cabeça. Como se minha mente imaginasse cenas. Via (na minha mente) batalhas espirituais e várias outras coisas. Fui conversar com um pastor e ele me deu um dos melhores conselhos que eu já ouvi: me orientou a ler a Bíblia. Segui seu conselho de começar por Mateus, e todo dia, antes de dormir, lia um pouco. Até hoje, quando tenho alguma dúvida, converso com aquele pastor, um grande amigo meu e um pai na fé.

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Por causa disso, eu estava nos cultos da família, nos ensaios do conjunto e nos cultos de doutrina. Comecei a ler os versículos que o pastor pedia que fossem lidos (um hábito no culto de doutrina daquela igreja). Mas ainda havia embaraços na minha vida. O maior deles era uma namorada que vou chamar de Ana Júlia.

Quando fui ao Rio (isso nessas mesmas férias que comecei a frequentar mais a igreja, no final do ano de 2010 e início de 2011), fui aos mesmos lugares que ia antes: saraus, shows e até trabalhei como garçom numa casa de Jazz. Mas… me sentia mal nesses lugares, e ficava sempre pensando em 2 Coríntios 6.11 – 7.1. (Dá uma olhadinha lá). Eu queria terminar com a menina, mas não conseguia. Quando voltei a Brasília, continuei pensando nessas coisas, e Jesus então fez mais uma obra (esse Jesus é muito lindo).

Existe um congresso na igreja que eu congregava em Brasília, que ocorre no carnaval chamado “Congresso da UMADEB” (União das Mocidades das Assembleias de Deus em Brasília). Fui aconselhado a entrar naquele congresso com um propósito. E entrei: queria que quando eu saísse daquele congresso eu tivesse coragem pra terminar com a menina(mais ou menos isso). Fui extremamente avivado e transformado naquele congresso e decidi que iria me batizar nas águas.

Naquela época eu tinha um cabelo comprido e já tinha usado um piercing de língua como brinco. Ouvi de alguns irmãos, aquele versículo em 1 Coríntios 11.14 que diz que é desonroso para o homem ter o cabelo crescido. Ao querer batizar, cortei o cabelo, tirei as várias pulseiras que usava no pulso; me despojei. O líder dos adolescentes, vendo a quantidade de adolescentes que queriam ser batizados, organizou um discipulado que tinha 14 alunos (nunca antes houve tantos adolescentes querendo fazer discipulado e se batizar naquela igreja como naquele ano (2011)).

Terminei com a menina e conheci uma outra menina interessante, que chamarei de Bianca, com quem não namorei. Comecei a namorar uma garota da minha igreja e no mesmo dia que comecei esse namoro fui a festa de um amigo, numa boate. Eu pensava: “é só eu não dançar e não ‘ficar’ com ninguém”. Tolo. Chegando lá a carne foi mais forte, e “fiquei” com Bianca que  estava lá.

Terminei com a menina da igreja e me envolvi com aquela menina. Ela não era  crente, era muito inteligente e bonita. Eu fiquei apaixonado por ela. Ligava pra ela quase todas as noites e ficávamos conversando até 2, 3 da manhã. Eu sentia um aperto no coração, sentindo que o Espírito Santo estava triste. Por medo, e irresponsabilidade, eu não dava um fim àquilo. Eu de repente parava de falar com ela, desligava o telefone… Deveria ter sido mais honesto com ela e, principalmente, mais fiel a Deus.

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Batizei-me dia 12/06/2011. O Melhor presente de dia dos namorados que poderia receber. Mas ainda estava preso àquela menina. Meu relacionamento com ela começou em abril e só terminou em setembro. Finalmente expus o jogo e parei de falar com ela. Creio que essa foi uma das últimas coisas que me prendia (não que eu seja perfeito, mas que hoje sirvo a Deus, crescendo na fé). “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres.” João 8.36. Fui liberto de muitas coisas, e Deus, para também me libertar de mais alguns resquícios do mundo, me trouxe ao Rio de Janeiro, pelo seu poder e graça. 

Louvo a Deus, ao pensar nisso tudo. Por isso pus aqueles dois versículos no início. ”A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria de homens, mas no poder de Deus.” 1 Coríntios 2. 4 e 5. Eu fui Liberto por Cristo e fui salvo não por palavras persuasivas de sabedoria humana, mas pela demonstração de Espírito e poder e a minha fé nisso está firmada. Glórias a Jesus, a Deus pai e ao Espírito Santo eternamente!

Espero que esse texto edifique sua vida. Jesus vale mais do que todo esse mundo, ele é a própria perfeição do amor e nos ama. Te ama. Que o Senhor Jesus te abençoe.

Wallace: E você, o que achou do testemunho do Tagore? Eu achei tremendo, até porque, em algumas coisas, meu testemunho também teve elementos sobrenaturais.

Aguardamos seus comentários e avaliações do testemunho do Tagore.

domingo, 17 de junho de 2012

Jesus me Libertou do Crack







Por: Wilma Rejane


O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 em bairros pobres de Nova Iorque, Los Angeles e Miami. O baixo preço da droga e a possibilidade de fabricação caseira atraíram consumidores que não podiam comprar cocaína refinada, mais cara e, por isso, de difícil acesso. Aos jovens atraídos pelo custo da droga juntaram-se usuários de cocaína injetável, que viram no crack uma opção com efeitos igualmente intensos, porém sem risco de contaminação pelo vírus da Aids, que se tornou epidemia na época.No Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo.


O vicio no crack tem destruído vidas de forma rápida e  cruel. Como uma droga altamente viciante pode ter se tornado fácil e barata de adquirir, provocando verdadeiro caos social? Através dessa mistura de acessibilididade e conveniência, essa droga tornou-se a escolhida de muitos. Também a que mais dor, perda e sofrimento causa.Não é fácil para um viciado em crack retomar o controle de sua vida, mas é possível. O problema é que nem todos estão preparados para lidar com as causas e consequências do uso da droga, é o que afirma a psiquiatra Thereza Aquino:

“Calcula-se que hoje pelo menos 1, 2 milhão de pessoas usem crack no Brasil. A maioria jovens. A gente não está falando de usuários de uma droga. A gente está falando de uma geração. Acho que estamos despreparados. Estamos de calças curtas. A gente não sabe como lidar com isso”.Maria Thereza Aquino é professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e durante 25 anos dirigiu o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad).


Efeitos do crack no organismo

Das vias aéreas até o cérebro, a fumaça tóxica do crack causa um impacto devastador no organismo. As principais consequências físicas do consumo da droga incluem doenças pulmonares e cardíacas, sintomas digestivos e alterações na produção e captação de neurotransmissores. Veja no infográfico quais são os efeitos agudos e crônicos do uso da droga.





Sinais da Dependência


O usuário de crack apresenta mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e aparência física. Um dos sintomas físicos mais comuns que ajudam a identificar o uso da droga é a redução drástica do apetite, que leva à perda de peso rápida e acentuada – em um mês de uso contínuo, o usuário pode emagrecer até 10 quilos. Fraqueza, desnutrição e aparência de cansaço físico também são sintomas relacionados à perda de apetite.

É comum ainda que o usuário tenha insônia enquanto está sob o efeito do crack, assim como sonolência nos períodos sem a droga. “Os períodos utilizando a droga prolongam-se e os usuários começam a ficar períodos maiores fora de casa, gastando, em média, três dias e noites inteiros destinados ao consumo do crack. Neste contexto, atividades como alimentação, higiene pessoal e sono são completamente abandonadas, comprometendo gravemente o estado físico do usuário”, afirma o psiquiatra Felix Kessler.

Sinais físicos como queimaduras e bolhas no rosto, lábios, dedos e mãos podem ser sinais do uso da droga, em função da alta temperatura que a queima da pedra requer. “Também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares involuntárias e problemas na gengiva e nos dentes”, aponta Fátima Sudbrack, coordenadora do Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB).  Brasil.gov



Vida transtornada pelo crack






Luis Eduardo Fortes, 37 anos, Educador físico e empresário: em internação.



"Sou educador fisico, proprietário de duas escolas de futebol e professor em colégios privados em minha cidade, Cachoeira Paulista. Até os 35 anos, consumia alcool, maconha e cocaína. Um primo me apresentou o crack há dois anos, e desde então, me afundei. No começo, fumava esporadicamente. Pouco antes da internação, o uso já era diário. Não precisei roubar nem vender para comprar a droga, mas sei que se continuasse a consumi-la, teria que me livrar dos meus pertences. Perdi dois relacionamentos amorosos por causa do vicio; eu inventava que tinha que trabalhar, mas ia fumar. Várias vezes fui comprar droga chorando, sabendo que me fazia mal. Cheguei a ficar violento com minha família. Uma vez, meu pai escondeu meu carro na casa de meu irmão, porque achou que assim me ajudaria, dificultando meu acesso à droga. Eu disse a ele que já que eu não tinha o meu carro, ninguém mais teria: furei os pneus do carro dele e do carro de minha mãe. Certo dia prometi a mim mesmo que não usaria mais crack, mas não consegui. Então pedi ajuda a minha mãe. Mas não vim para internação voluntariamente, me pegaram de surpresa. Minha mãe disse que ia pagar uma pintura em minha casa e pediu para eu passar três dias na casa dela. No segundo dia que eu estava lá, apareceu a equipe de remoção. Na hora o meu sentimento foi de raiva. O sentimento durou uma semana.Eu vivia uma vida dupla. Apesar de nunca ter incentivado meus alunos a usar a droga, não era sincero ao dizer a eles que acredita que esporte é saúde. Agora posso explicar o mal que as drogas fazem."



Diego Oscar Cella, empresário: 3ª internação

"Minha vida ia bem, até o momento em que conheci o crack. Eu tinha sonhos. Abri uma empresa de terraplanagem e queria montar uma construtora. Depois que a droga entrou na minha vida, foram só perdas. No ano passado, em três meses, gastei 50.000 reais comprando pedras. Já tive seis acidentes de carro, dois de motos e dois princípios de overdose. Fui esfaqueado. Eu era cliente de um traficante e depois resolvi comprar de outro. quando me envolvi em uma briga por causa disso e quase fui morto.Consegui fugir com meu carro. Tentei para várias vezes e não consegui. Minha mãe tentava se aproximar de mim , mas eu fugia, queria ficar só no meu mundinho. Eu andava com pessoas totalmente diferentes de mim, só para ter companhia. Pagava para que elas estivessem ao meu lado. Muitas vezes elas me roubavam, mas eu não dava bola. Estou internado para desintoxicação há seis meses. Foi o melhor para mim. Nas minhas internações anteriores, eu voltava para rua e me perguntava: sou novo, vou ficar limpo por quê? Hoje vejo um motivo diferente: pretendo encontrar uma mulher e me casar."

Esses depoimentos foram concedidos a revista Veja no ano de 2009. considerando a larga incidência da droga nas periferias das cidades, entre a classe de baixo poder aquisitivo, inclui esses relatos no artigo em demonstração de que qualquer pessoa, mesmo os de condição social mais elevada e nível superior de graduação escolar, estão sujeitas ao vicio. Para atualizar as noticias sobre os depoentes, fiz uma busca no google sobre Diego e Luis Eduardo que na época, se encontravam em tratamento. Sobre o Luis Eduardo, nada encontrei, mas do Diego encontrei uma ocorrência policial em Chapecó Sc:

Hora: 15h40 min.
Dia: 15/05/2010
Local: Acesso Plínio Arlindo  de  Nes Bairro: Belvedere.

Fato: A Polícia Militar em rondas realizou a abordagem  do  veiculo VW GOLF, placas  DGC2720 Xaxim - SC.   Conduzido  por Diego Oscar Cella, 28 anos.   Durante  busca  pessoal realizada  em   DIEGO foi  encontrado com o  mesmo 03 pedras Crack e um  cachimbo.   Após  foi  lavrado  TC  em  desfavor de  DIEGO e após o  veiculo   foi removido  ao pátio de apreensão por estar com falta de equipamentos de porte obrigatório .

Infelizmente o Diego parece ainda não ter conseguido se libertar do vicio. Em oração a Deus, peço pela vida desse, e de tantos outros jovens,  para que consigam se livrar de uma vez por todas desse mal, em Nome de Jesus.    

Tratamento Gratuito para dependentes







O índice de recuperação de viciados em crack ainda é muito baixo. Estatísticas apontam para 90% de recaídas e 10% de recuperação segura, sem retorno às drogas.

O Conselho Nacional Antidrogas, resolução nº 3/gsipr/ch/conad de 27 de Outubro de 2005, versa que o estado deve assegurar tratamento gratuito aos dependentes químicos:

2.1.1 O Estado deve estimular, garantir e promover ações para que a sociedade
(incluindo os usuários, dependentes, familiares e populações específicas), possa assumir com responsabilidade ética, o tratamento, a recuperação e a reinserção social, apoiada técnica e financeiramente, de forma descentralizada, pelos órgãos governamentais, nos níveis municipal.

Poucas famílias atentam para essa lei  de Politica Sobre Drogas e por desconhecimento ou incredulidade, não fazem uso de um direito garantido. Gastam fortunas com clínicas particulares ou acompanham a morte progressiva do dependente com a sensação de total impotência para tratamento. Ficar a mercê do SUS, em si, já é uma penalidade, fato este que conduz o brasileiro a desistir desse meio de atendimento, afinal nem mesmo o próprio sistema único de Saúde se mostra conhecedor de que o viciado é um doente que precisa ser tratado. O dependente químico é excluído de planos de saúde e outros programas por ser considerado um transgressor, esse é um fato que dificulta o acesso a tratamentos gratuitos. Os obstáculos estão por toda parte a aumentar a angústia de quem convive com o vicio.

A Lei Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006, também assegura direitos de tratamento gratuito e reinserção social a usuários: Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.

Parece existir uma grande distância entre teoria e prática no Brasil, é só olhar para as cracolândias da morte para perceber que quem é usuário de droga está abandonado pelo estado, totalmente ao relento. Talvez a retórica verdadeira seja: " só tem direito quem luta por cumprir a lei e não uma simples luta, mas uma batalha contra grandes opositores".

Além da exposição das leis de politica sobre drogas no Brasil, deixo para quem interessar, a relação de clínicas ligadas a instituições religiosas cristãs em todo o Brasil. Encontrei um site que se dedicou a relacionar cada uma delas : Relação de Clínicas para drogados ligadas a igrejas cristãs.


Jesus me libertou do Crack


"Aquele pois que o Filho libertar, verdadeiramente será livre" Jo 8:36

A libertação através da fé em Jesus é uma realidade que contabiliza resgates definitivos do mundo das trevas para o Reino da Luz. Jesus libertou um endemoninhado na cidade de Gadara que andava como louco pelos montes, se alimentando de fezes de porco. Um homem que as pessoas olhavam e desprezavam, que julgavam sem futuro, sem retorno à vida social. Contudo, Jesus olhou para ele de uma maneira especial e o transformou. Jesus nunca mudou, continua o mesmo e recebe à todos os que o buscam em espírito e em verdade.

Tive o cuidado de procurar o testemunho de alguém que foi liberto do vicio e permanece firme na decisão. Encontrei dois vídeos do Eduardo Arakaki, um do ano de 2009 e outro mais recente de Maio de 2011, esse que você pode assistir agora.




Muitos ministérios estão atualmente envolvidos na missão de resgatar as preciosas vidas por quem Jesus morreu e que se encontram escravizadas nas mãos do inimigo.  Só mesmo o amor inigualável de Jesus no coração dos homens para vencer o inferno produzido pelas drogas. Só Jesus para manter sóbrio os corações e adestradas as mãos na batalha contra as potestades do mal: "para que ao Nome de JESUS se dobre todo joelho no Céu, na terra e nos infernos." Fl. 2,10.

Deus nos abençoe .


Todas as fontes estão como links no artigo.  

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